terça-feira, 13 de setembro de 2011

NOVA IORQUE

Nova Iorque é uma cidade gigantesca, cheia de barulho e movimento. Não é o género de cidade bonita, é uma cidade louca e trepidante. Com a área metropolitana tem 12 milhões de pessoas. O maior espectáculo é a própria rua, com as pessoas e todo o movimento.

Há imensas lojas, sobretudo de máquinas fotográficas e coisas similares (tudo importado do Japão).

Vi pares de sapatos de senhora, importados de França, a 1.000 dólares! Mas os artigos à venda no supermercado são baratos para o nível de vida americano.

Fiquei instalado num hotel, situado quase em pleno coração da Broadway. Como cheguei à noite e num domingo, nem imaginas o movimento que era, de tal modo que me senti entontecido na rua. Na 2ª feira fui à noite a um espectáculo no famoso Radio City Music Hall Center. É um espectáculo muito agradável de se ver (corresponde ao french-can-can deste lado, embora seja muito diferente) e o auditório ( com mais de 6.000 lugares ) é também, por si, um verdadeiro espectáculo. Gostaria de ver mais porque, de facto, isto é profissionalismo a sério, verdadeiramente deslumbrante, mas os bilhetes são muito caros (para o nosso nível de vida, claro). Em Washington paguei 20 dólares para ver “Oklahoma” e em Nova Iorque paguei 10 dólares para ver o musical. Como vês, é caro, mas são coisas que se vêm uma vez na vida e que valem, na realidade, o que se paga para as ver.

Andei a pé a maior parte das vezes. Pedi ao meu interprete ( o velhote luso americano de que já te falei) para ver o edifício das N.U., o Empire State Building e a Estatua da Liberdade. Foi isto que vi pois ele, por si, não sugeriu mais nada.

12 de Setembro 1979.