sábado, 3 de setembro de 2011

PAPEL DA EMPRESA

Tenho a convicção e, por isso, a esperança, de que a empresa possa ser, cada vez mais, um factor acelerador do processo de valorização dos recursos humanos, seja no seu interior, seja pela exigência que deve transportar para os estabelecimentos de ensino e de formação e para a sociedade em geral.

A empresa é a mais interessada neste processo e dispõe de instrumentos próprios de grande impacto, desde logo, desenvolvendo uma cultura adequada, estabelecendo uma organização que favoreça o rigor, a inovação, a responsabilidade, adoptando novas tecnologias, praticando processos de trabalho participativos, avaliando e formando.

A empresa pode e deve superar grande parte da insuficiente valorização dos nossos recursos humanos. Prova disso é a adaptação e qualificação que os nossos trabalhadores revelam quando, no estrangeiro, mas, também em Portugal, se encontram integrados em organizações com aquelas características e que sabem colmatar as suas próprias vulnerabilidades.

Como multiplicar estes exemplos ao nível das nossas empresas e das nossas instituições em geral?

É este o maior desafio que temos pela frente. Parafraseando Einstein, diria que hoje a imaginação é tão importante como o conhecimento. E recordando Roosevelt, acrescentaria que o único temor deve ser o nosso próprio medo.

Lisboa, 15 de Março 1995 ( O “estado da arte” de gerir pessoas em Portugal)