sexta-feira, 30 de setembro de 2011

O HENRIQUE E OS CARROS

O Henrique adorava guiar… desde que fosse fora da cidade e de janela aberta para sentir o vento…

Detestava ligar o ar condicionado, fosse Verão ou Inverno. Guiar, para ele, era sinal de liberdade, de espaço aberto, de África….

O seu 1º carro, um Ford Anglia foi comprado em 2ª mão. (Verão de 1967). Custou-lhe 35.000 escudos.

Já neste blogue tivemos oportunidade de “revelar” a sua habilidade como condutor, num texto intitulado “ Eu com os meus sonhos”. Durante toda a vida, foi multado uma única vez… Mangualde/Lisboa ao volante de uma “Diane”, Citroen 2CV (1982), carro cheio, toda a família a bordo! Excesso de velocidade…. alguém acredita?

Em 1961, Sá da Bandeira, o desejo de tirar a carta e o gosto pelo volante.

Hoje à tarde apenas me limitei a dar umas voltas de carro com o Hélder. Depois do jantar, fui dar uma volta de carro com o “Alfafa”e andei a guiar. Eles dizem que eu já guio bem e que devo tirar a carta. Tenho que ver primeiro quanto é que me ficaria a carta. Talvez não saia muito cara, pois tenho o carro do “Alfafa” para praticar. Seriam, por conseguinte, apenas 2 ou 3 aulas com o instrutor, a fim de preparar os pormenores. Depois é apenas a papelada e o pagamento do exame. Se não ficar para além dos 500 escudos, ainda sou capaz de a tirar.

No dia 16 ao dar uma volta de carro com o Hélder, o carro resolveu empanar misteriosamente. Supondo que se tratava de falta de gasolina, resolvemos ir encher o depósito – mas nada! Depois pensamos que era do arranque e resolvemos meter-nos por uma descida. O que fomos fazer! O carro parou lá em baixo… mas nada de pegar. Era ao pé do rio e ali estivemos cerca de três horas com um cacimbo monumental. Claro que no dia seguinte comecei a fungar e a sentir o corpo a pedir cama.

Como adoro guiar … vou-me desforrando de vez em quando na “amarelinha” ou no Volkswagen do Manecas. É quanto me basta.

Agosto de 1961