quarta-feira, 27 de março de 2013

FIM DE CICLO


A 8 de Julho de 2008, termina o segundo mandato do meu pai como Provedor de Justiça. É um mandato que termina com o maior número de processos de reclamações organizado em toda a história da instituição, com o número de processos pendentes a descer de 7.300 processos, no início de 2000, para 1.752 processos, no final de 2008. (Relatório de actividades da Provedoria 2008).
Os dados falam por si. Desde 2000, ano em que assumiu o seu 1º mandato, verificou-se um aumento gradual e sustentado do número de queixas. Mas ano após ano, verificaram-se também índices maiores de eficiência no tratamento das queixas. Todos os relatórios anuais do Provedor de Justiça desde 2000 dão indicações estatísticas de que a Provedoria de Justiça vinha conseguindo resolver a maior parte dos processos de queixas no prazo máximo de um ano após a sua recepção. E verificou-se igualmente um aumento da taxa de eficácia, ou seja, de obtenção de resultados concretos no tratamento das queixas quando estas têm potencialidade de resolução. Além disso, quando assumiu o mandato, o número de pendências na Provedoria excedia os 7000 processos mas o ano 2007 terminou com uma pendência de 1682 processos. Ou seja, com uma baixa notória das pendências apesar do aumento do número de queixas.
Por detrás destes números, está a opção estratégica que imprimira ao cargo de Provedor de Justiça e à actividade da Provedoria. “As queixas dos cidadãos estão em primeiro lugar. Porque um papel, uma carta, um e-mail representam uma pessoa. Representam o problema de uma pessoa. As aspirações de uma pessoa Às vezes até um desabafo. Mas o Provedor tem que responder a isto”.
Isto constituía a centralidade do pensamento com que o Provedor de Justiça, Nascimento Rodrigues, ocupara o cargo durante quase nove anos consecutivos.”

Sofia Nascimento Rodrigues