terça-feira, 19 de março de 2013

PERDER A MEMÓRIA É PERDER O FUTURO


Faz hoje 4 anos. 19 de Março de 2009.
Na manhã dessa 5º feira, sai, na revista Visão, uma entrevista em que Henrique manifesta a sua indignação pela incapacidade de entendimento entre os partidos. Sim, incapacidade, falta de vontade, falta de diálogo. Oito meses tinham passado desde o fim do seu 2º mandato, e o impasse para encontrarem uma figura que o substitua à frente da Provedoria de Justiça, mantem-se sem fim à vista.
"Sejamos claros: este impasse desprestigia os decisores políticos, intranquiliza o funcionamento normal da Provedoria e deixa os cidadãos cada vez mais descrentes da qualidade da nossa democracia. Vou a caminho dos sessenta e nove anos de idade e já ultrapassei os 44 anos de actividade profissional ininterrupta, no Estado, em empresas e em profissão liberal. Olhando para o meu passado, poucos são, felizmente, os momentos de que não guardo gratas recordações. Deixarei o cargo de Provedor de Justiça tranquilo comigo e com os meus concidadãos, consciente de que valeu a pena o esforço e o entusiasmo que lhe dediquei. Por isto tudo, nunca admiti voltar a abraçar qualquer actividade profissional. Quero dedicar tempo a mim próprio, à minha família e aos meus amigos, ao estudo da História de Portugal sinais da crise...e a uma mera participação cívica nos problemas do País por exemplo, com um blogue de comentários, que me ajude a ultrapassar a minha iliteracia informática e me obrigue a reflectir sobre as razões por que sinto tanto desencanto com a visível degradação da qualidade da vida política no nosso país. Dito isto, é verdade que não estou satisfeito e acomodo-me mal por me ver obrigado a permanecer no exercício de um mandato cujo prazo legal está longamente excedido. Ao fim e ao cabo, sou Provedor de Justiça desde 9 de Junho de 2000. Sou uma espécie de 'Provedor Matusalém'...
Mas não façamos disto uma tragédia grega.
É apenas uma comédia à portuguesa! “