terça-feira, 9 de abril de 2013

CONTINUA O IMPASSE


Os órgãos de comunicação social vão mantendo a notícia deste estranho compasso de espera. O que falta para que os partidos se entendam e encontrem uma personalidade para suceder ao Provedor de Justiça.? Passaram oito meses. O jogo é desprestigiante, inglório, incompreensível e doloroso.
Diário de Notícias, 7 de Janeiro de 2009
“ A eleição do próximo provedor de Justiça, sucessivamente adiada por falta de acordo entre o PS e o PSD, continua sem data prevista. (…) A porta-voz da conferência de líderes parlamentares referiu  que PS e PSD disseram que ‘há avanços’ nas negociações mas não se comprometeram com qualquer prazo. O Presidente da Assembleia da República, (…)voltou a apelar aos grupos parlamentares para que possa realizar-se a eleição. (…)”

 Diário de Notícias, 22 de Janeiro de 2009
“ O processo de negociação já passou por várias fases. A eleição chegou a ser marcada por duas vezes: primeiro a 18 de Julho passado, depois para 10 de Outubro. Em ambas as ocasiões foi adiada, porque PS e PSD não se entenderam na escolha do nome. (…) A certa altura o nível de discussão subiu dos dois líderes parlamentares para os líderes dos respectivos partidos. Mas José Sócrates e Manuela Ferreira Leite revelaram-se incapazes de decidir, pelo que a negociação voltou a ‘descer’ para os líderes dos respectivos grupos parlamentares. Ontem os dois reuniram, e comprometeram-se a indicar proximamente quem será a personalidade escolhida para suceder a Nascimento Rodrigues no cargo de Provedor de Justiça. O assunto é delicado porque o Provedor de Justiça costuma ser uma figura de desgaste para o Governo (seja ele qual for, do PS ou do PSD). Por outro lado tem assento no Conselho de Estado. Actualmente, dos 16 membros (excluindo o PR), nove são mais próximos da área ideológica de Cavaco Silva e sete da área ideológica do Governo. O futuro Provedor poderá reforçar (ou atenuar) este desequilíbrio de forças".