quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

Obra Colonizadora do Português-2

Cabelos brancos passaram-lhe, então a moldar a fronte rugosa e mãos já trementes abandonaram sobre o solo o arado e a enxada que tinham empunhado de sol a sol.
Outros vieram retomar o fruto nascido do parto do seu esforço ingente;
Gerações novas criaram novas gerações e o colono ficou para trás, esquecido na loucura do futuro e na tontura do progresso.
Sozinho olhou a obra que ele e só ele erguera;
Velho e alquebrado, pendurou o ancinho num prego da parede, largou o ultimo olhar sobre a imensidão incomensurável daquela terra amarga e, cumprida a missão em que se empenhara, ficou descansado na campa fria e sem lápide dos heróis desconhecidos!