Pela estrada desce a noite
Mãe-Negra, desce com ela…
Nem buganvílias vermelhas,
nem vestidinhos de folhos,
nem brincadeiras de guisos,
nas tuas mão apertadas.
Só duas lágrimas grossas,
em duas faces cansadas.
Mãe_negra tem voz de vento,
voz de silêncio batendo
nas folhas do cajueiro…
Tem voz de noite, descendo,
de mansinho, pela estrada…
Que é feito desses meninos
que gostava de embalar?...
Que é feito desses meninos
que ela ajudou a criar?...
Mãe-Negra, desce com ela…
Nem buganvílias vermelhas,
nem vestidinhos de folhos,
nem brincadeiras de guisos,
nas tuas mão apertadas.
Só duas lágrimas grossas,
em duas faces cansadas.
Mãe_negra tem voz de vento,
voz de silêncio batendo
nas folhas do cajueiro…
Tem voz de noite, descendo,
de mansinho, pela estrada…
Que é feito desses meninos
que gostava de embalar?...
Que é feito desses meninos
que ela ajudou a criar?...
Quem ouve agora as histórias
que costumava contar?...
Mãe –Negra não sabe nada…
Mas ai de quem sabe tudo,
com eu sei tudo Mãe-Negra
Os teus meninos cresceram,
e esqueceram as histórias
que costumavas contar…
Muitos partiram para longe,
Quem sabe se hão-de voltar!...
Só tu ficaste esperando
mãos cruzadas no regaço
bem quieta bem calada.
É tua a voz deste vento,
desta saudade descendo,
de mansinho pela estrada…
Poemas de Alda Lara Lisboa 1951
que costumava contar?...
Mãe –Negra não sabe nada…
Mas ai de quem sabe tudo,
com eu sei tudo Mãe-Negra
Os teus meninos cresceram,
e esqueceram as histórias
que costumavas contar…
Muitos partiram para longe,
Quem sabe se hão-de voltar!...
Só tu ficaste esperando
mãos cruzadas no regaço
bem quieta bem calada.
É tua a voz deste vento,
desta saudade descendo,
de mansinho pela estrada…
Poemas de Alda Lara Lisboa 1951