Hoje estou tão cansado que tu nem fazes ideia.
Apetecia-me ir dormir e não pensar em nada do que me preocupa.
Têm-me restado muito poucos momentos para pensar, reflectir e escrever como antigamente.
E tenho pena, porque era uma maneira de desabafar e de me reencontrar comigo mesmo. Mas este ano - e parece ilógico, não? – tem sido muito mais movimentado do que o anterior.
Daqui, que me tem escasseado o tempo para sentir e pensar. Às vezes fico pensando no meu futuro e não posso deixar de reconhecer que o mais provável é que quando iniciar a minha carreira na vida, muito poucos momentos dedicados a mim próprio hei-de ter.
Assim há em mim – há tanto tempo que te disse! – duas pessoas.
Sempre esperei e talvez continue a esperar que as duas se equilibrem, mas por vezes penso que uma delas há-de acabar por vencer a outra.
E se a que vencer for aquela que olha mais à acção do que à reflexão, à prática do que ao sentimento, ao movimento do que à estabilidade – então é bem certo que eu poderei talvez vir a ser alguém na vida, mas o que não serei jamais é a mesma criança!
Qual delas vencerá? Só o futuro o pode dizer.
E disse - Equilíbrio Total