sexta-feira, 5 de agosto de 2011

UM NOME


O único dote que possuo é uma grande vontade de ser alguém, mas isso não é dote que se possa mostrar. De facto que posso eu mostrar senão a minha cara de garoto? Que posso eu mostrar senão uns olhos que olham direito, sem medo? Quando o meu pai morrer, apenas ficarei com o seu nome e acho que é a maior fortuna que ele me pode deixar. Rapaz com nome – onde está o meu nome, senão entre gente modesta, que nos conhece, pois as pessoas da sociedade nunca terão o desgosto de me encontrar entre elas.? Eu tenho a minha personalidade e nem os meus pais a modificarão. Não é por isso com as opiniões alheias que eu me vou interessar, porque eu só faço aquilo que entendo.

Sá da Bandeira 20 de Setembro de 1960

Imagem - 2008 , fim do 2º mandato como Provedor de Justiça. Apresentação de cumprimentos ao Presidente da República