A valorização dos recursos humanos não se “decreta”, embora os decretos tenham uma função importante na definição das políticas e dos programas de acção da Administração Pública, enquanto estimulantes de uma iniciativa privada sadia.
A valorização dos recursos humanos não se “compra”, embora o dinheiro tenha uma função capacitadora e organizadora dos meios necessários à execução dos programas de acção.
A valorização dos recursos humanos não se respira, não se ingere, não se injecta, embora o ambiente, as condições em que é vivida, sejam determinantes dos seus resultados e da extensão social que a envolve.
Ainda por cima, este ambiente, estas condições favoráveis, não são geriveis tecnocraticamente, como se se tratasse de um fenómeno físico-químico.
A valorização dos recursos humanos compromete cada cidadão em função do futuro que quer para si e para o País. Todos somos chamados a melhorar o nosso saber, saber - fazer e estar, para participarmos na sociedade com a qualidade que nós próprios devemos exigir e nos é também exigível.
Lisboa, 15 de Março de 1995