segunda-feira, 9 de janeiro de 2012

DÉCADA DE OITENTA

A década de oitenta é marcada por um período de enorme instabilidade governativa, com governos de curta duração e nenhum deles capaz de completar uma legislatura. Mas é precisamente nesta época (provavelmente por causa desta época), que a carreira política, partidária e parlamentar do Henrique toma expressão. Já percorremos parte da sua actividade enquanto Ministro do Trabalho no I Governo Balsemão logo após a morte de Francisco Sá Carneiro. Não vamos de modo algum entrar nas memórias de carácter político, não é esse o fim deste blogue. Mesmo que fosse, não estão escritas e como tal impossíveis de reproduzir. Há no entanto factos públicos, conhecidos e que poderão ficar no blogue com a finalidade que o Henrique lhe quis dar – deixar aos netos uma lembrança deste avô que os quatro mais novos não chegaram quase a conhecer, e como tal, não reterão qualquer lembrança da sua memória. É para eles que escrevemos. Para eles e também porque precisamos, (como pão para a boca), de modelos, de Homens Bons, de “Sécúlos”, de “Mais Velhos”, de "Homens Sábios", aqui vamos deixando, dia a dia, o saber, a acção e os exemplos de vida que o Henrique nos ensinou. Como herdeiros da sua memória entendemos ser fundamental deixar escrita a vida que ele viveu.
Retomamos agora a década do oitenta, sem embargo de podermos introduzir, desde que a propósito, outros temas, de outras épocas. Ao fim de quase dois anos de blogue, podem crer que temos material para isso.
O facto mais importante dessa época foi de facto a morte de Francisco Sá Carneiro no dia 4 de Dezembro de 1980.
Onde estava o Henrique no momento do acidente? Num sessão de esclarecimento, na Voz do Operário. Seria um dos oradores da noite. Estava com os três filhos mais velhos. Era o fim da campanha para a eleição do Presidente da Republica. Em confronto o General Soares Carneiro e o General Ramalho Eanes. A imagem que reproduzimos ilustra esse facto.