quarta-feira, 25 de janeiro de 2012

REVISITAR O PASSADO, COMPREENDER O PRESENTE



 “ Uma visão global dos problemas que proporcione soluções eficazes e perduráveis” é o objectivo do “debate social alargado” a que o titular da pasta do Trabalho deu já início com os parceiros sociais.
Os representantes da Confederação do Comércio Português, aceitaram dar o primeiro passo para aquela espécie de pacto social que o ministro lhes propôs, na ocasião, pedindo ao titular do edifício da Praça de Londres que os informasse sobre a posição dos restantes parceiros sociais em relação à iniciativa.
Recorde-se que Nascimento Rodrigues recebeu já entre outros a CGTP-IN a UGT e a CIP.
A Inter que apesar de ter sido recebida mais do que uma vez pelo ministro não se tem coabido de expressar a sua “desilusão” pelos diálogos havidos, volta hoje à Praça de Londres onde, entre outras coisas, apreciará processo de contratação colectiva, tendo em vista imprimir-lhe maior celeridade.
 Depois de mais de três horas de conversa, á saída do encontro, o porta voz da CGTP- IN considerou importante este tipo de reuniões  manifestando a disposição da  Central Sindical em mantê-las enquanto for possível avançar algumas coisas de concreto e afirmou que o Ministério do Trabalho está mais aberto ao diálogo mas em termos de resultados práticos, e até prova em contrário, continua igual ao anterior.  
A UGT e a CIP, na agenda das audiências a conceder por Nascimento Rodrigues, pronunciar-se-ão sobre o “debate social alargado” que o ministro propõe.

16 de Março 1981

“ A UGT aceitou a ideia do estabelecimento de um debate alargado sobre a legislação laboral actual, tal com anteriormente a tinha aceite a Confederação do Comércio Português -  declarou o Ministro do Trabalho, Nascimento Rodrigues, no final da reunião com a UGT.
Nascimento Rodrigues disse também que “ com a GTP-IN, não foi ainda possível chegar a total entendimento e por isso vamos continuar com o diálogo, como prova da democraticidade deste Governo”. “ É necessário elaborar um diagnóstico da situação laboral portuguesa para fazer o despiste das melhores soluções”. 
Aquele diagnóstico deverá ser feito por representantes das confederações patronais, sindicais, do Ministério do Trabalho e, eventualmente por personalidades independentes.

Comunicação social escrita ( de 7 a 16 de Março 1981)