terça-feira, 10 de janeiro de 2012

DEPUTADO POR LISBOA


Em 1979 o Henrique é convidado por Francisco Sá Carneiro a integrar, pela AD, a lista de candidatos a deputado à Assembleia da Republica (eleições intercalares).
Embora a imprensa da época tenha especulado se não seria ele o Ministro do Trabalho deste 1º Governo da Coligação AD, (“Caso lhe viesse a ser proposto o desempenho do cargo de ministro do trabalho do VI Governo, o Dr. Nascimento Rodrigues não o aceitaria propondo, em sua substituição, o Dr. Eusébio Marques de Carvalho, que já desempenhou essas funções no IV Governo e de quem foi o colaborador mais directo") inicia  neste ano a sua experiência como deputado.
No dia 28 de Fevereiro de 1980 é entrevistado pelo Semanário  “O Tempo”.
À pergunta do Jornalista:
Sabemos que, desde sempre, se tem mostrado avesso a exercer tarefas partidárias. Como explica, pois, a sua candidatura a deputado, pelas listas da AD, como representante do PSD pelas listas de Lisboa?
Resposta do Henrique:
“ Não é exacta a afirmação de que tenho sido avesso ao exercício de tarefas partidárias. O empenhamento na concretização do ideário social – democrata e a busca de uma realização apropriada do programa do PSD não têm, forçosamente, que revelar-se pela ocupação de postos partidários. Por razões relacionadas com a minha própria maneira de ser e com uma actividade profissional muito cheia, optei por um militantismo diferente, mas que não concebo como menos útil ao partido. A este, são vantajosas todas as actuações que defendam e expandam o seu projecto, em qualquer área da sociedade. Não se deve confundir, pois, empenhamento partidário com preenchimento de postos do aparelho do partido.
Assim se explica, portanto, que tenha aceite a candidatura a deputado. Entendi que o País se encontrava num momento decisivo, e não seria correcto a meu ver, “descartar-me” da responsabilidade de uma intervenção, assumi-a com o sentido de cooperar no reforço da tónica social – democrata do projecto político apresentado ao eleitorado pela AD e claramente preferido na votação a que o País foi chamado”.