sábado, 21 de janeiro de 2012

O INEVITÁVEL DIÁLOGO



“ Não é segredo que tenho sido adepto dos métodos concertativos, que considero expoentes de um sistema mais racionalizador de regulação sócio-económica e potencialmente favorecentes de estratégias de desenvolvimento mais coerentes e sustentáveis”.
“De igual modo direi que o estatuto de trabalhador deve ser um estatuto de cidadania, com direitos e deveres para com os empresários e a comunidade em geral”
“Tracei  como meta o que dominei de Diálogo Social Alargado. Estávamos em 1981, numa altura em que falar de diálogo social alargado era sujeitar-me a que uma parte das camadas sociais dos portugueses e da própria opinião pública me apelidasse ou de fascista ou de reaccionário.”
“Tivemos, na altura, iniciativas do Fundo Monetário Internacional, em relação a Portugal, que nos obrigariam a certos sacrifícios com repercussões na área do trabalho. Essa foi uma das razões que me levaram a sair do Governo e a deixar a pasta de Ministro do Trabalho. Não quis aceitar as medidas do FMI, porque sempre defendi que as coisas deviam ser feitas a partir do diálogo social e da concertação.

Posso por isso dizer, com algum orgulho, que fui o precursor da ideia, que naquela altura não se conseguiu realizar, mas que mais tarde se veio a comprovar ser a melhor solução.”

Ganhar o futuro não significa perder o passado. Significa, apenas, capacidade e vontade de não parar no tempo”

Excerto de uma entrevista concedida em Fevereiro de 2003 à revista Pessoal