sexta-feira, 13 de janeiro de 2012

PRESIDENTE DA COMISSÂO PARLAMENTAR DO TRABALHO


Como vimos o Henrique foi eleito como deputado do PSD na sessão legislativa de 79-80, e presidente da Comissão Parlamentar do Trabalho. Ainda na entrevista dada a 28 de Fevereiro ao Jornal “O Tempo”, às perguntas do Jornalista:  

1-Disse-se que a sua inclusão nas listas se ficou a dever a uma reivindicação dos sindicalistas sociais-democratas. Significa isto que haverá uma “ala sindicalista” nas bancadas do PSD e que estaremos, então, perante um exemplo embrionário da prática seguida em partidos social-democratas e socialistas da Europa Ocidental?

2- E que interpretação dá ao facto de ter sido eleito presidente da Comissão de Trabalho da Assembleia da Republica?

Resposta do Henrique à primeira questão
N.R.
"Essa inclusão deveu-se à escolha do meu nome pelos órgãos competentes do PSD, tal como aconteceu com os demais candidatos. É possível que se tenha querido dar um espaço, nas listas do PSD, a pessoas directa ou indirectamente ligadas à actividade sindical e ao mundo do trabalho. Mas não vejo isso, senão como um facto necessariamente coerente com o perfil de um partido social-democrata.
O que não é correcto, é configurá-lo como resultado de qualquer imposição dos sindicalistas da TESIRESD. Estes integram-se na bancada, em inteira solidariedade com os seus companheiros. Não há deputados disto e daquilo, há apenas deputados do PSD. Que os sindicalistas, dentro desse todo, manifestem maior vocação e sensibilidade para as questões laborais ou que se revelem, pela sua própria experiência mais apetrechados para a defesa dos interesses dos trabalhadores, eis o que me parece perfeitamente natural.
Estou ao lado dos meus companheiros que exercem funções sindicais, mas não sou sindicalista, embora compreenda e sinta muito bem os seus problemas, na medida em que a minha actividade profissional, de consultor jurídico laboral, me proporciona essa vivência".

Resposta à segunda questão:
N.R.
"Essa eleição não tem qualquer significado pessoal, mas sim político. Exprime o reconhecimento desta simples mas muito importante realidade: O PSD, pelo seu programa e prática política, é um partido que encontra eco em vastas camadas de trabalhadores. Isso deve-se, em larga medida, à actuação de dirigentes e militantes sindicais integrados na TESIRESD, que tem sabido, no campo especificamente sindical, levar a cabo uma política correcta de defesa dos interesses dos trabalhadores. Estou certo que esses sindicalistas se manterão fiéis à linha de rumo que conduziu o sindicalismo reformista de base social-democrata, ao lugar de relevo que justamente ocupa no movimento sindical democrático."