domingo, 13 de maio de 2012

COOPERAÇÃO- CONSPIRAÇÃO DE AMIZADE


“Mas deixem-me dizer também que estou certo de que não há cooperação duradoura sem alma que a alimente, e sem sonho que a sustente. É preciso ter capacidade de viver para ter capacidade de realizar! É preciso ter capacidade de sentir para ter capacidade de ajudar! E é neste sentido que quero expressar aqui a minha certeza de que os técnicos portugueses e os técnicos africanos lusófonos, que são os executores e responsáveis imediatos desta cooperação, constituem, pelo empenho e pela dedicação que genericamente têm colocado nas acções em que estão envolvidos, um pilar básico desta obra comum. Eles têm sido, e confio que continuarão a ser, o ingrediente mais sólido, porque medularmente humano, desta autêntica “conspiração de Amizade”, que nenhum orçamento poderá jamais contabilizar! É esta “ teia de fraternidade” que nenhuma tecnocracia avançada poderá alguma vez forjar e manter. E é esta capacidade, não tanto de falarmos a mesma língua, mas sobretudo de falarmos a mesma linguagem de sentimentos de vida, que nos junta e nos faz querer continuar em conjunto.”

In 1º Encontro com os PALOP na área da Inspecção do Trabalho.
Aveiro 8 a 13 de Maio de 1989