domingo, 13 de maio de 2012

FIM DO CICLO AFRICANO


Em finais de 1989, o Henrique consegue organizar o primeiro encontro entre os cinco Ministros do Trabalho dos PALOP e o Ministro do Trabalho Português. “Aí, dei esse ciclo da minha vida como terminado. Aprecio a mobilidade e portanto decidi dar lugar a sangue novo”.
Em Dezembro do mesmo ano deixa o Gabinete de Cooperação com África, iniciando um novo ciclo de vida.
Não me sinto sequer legitimado a perguntar se tudo valeu a pena. Ninguém é bom juiz em causa própria e a minha “costela” africana torna-me vulnerável e particularmente suspeito nesta matéria! Deixarei a outros, pois, o juízo que se justifique.
Deixemos, porém, ao futuro o definitivo balanço crítico desta experiência de cooperação bilateral. Mas não deixemos às contingências do futuro a vontade e a decisão de a prosseguir. Pelas Administrações do Trabalho passam caminhos que têm a ver com o desenvolvimento dos recursos humanos dos países africanos lusófonos, e elas surgem aos olhos dos que vivem do seu trabalho como símbolos das aspirações universais de dignidade e de justiça social.”
Lisboa 12 de Julho de 1989