domingo, 13 de maio de 2012

DIRECTOS, INFORMAIS, PRÁTICOS E SIMPLES


Uma característica que tem distinguido esta cooperação entre as seis Administrações do Trabalho repousa na agilidade e na flexibilidade de actuação que se lhe tem imprimido. Uma cooperação que se afunde em ofícios, que serpenteie por canais burocráticos ou se estorve em regulamentos minuciosos, é a antítese daquilo que é preciso fazer, e fazer, para se alcançarem os objectivos da ajuda ao desenvolvimento. Temos sido, tanto quanto possível, directos,  informais, práticos e simples – e penso que é necessário preservar este perfil, perante as tentações inevitáveis da regulamentação dos procedimentos, e de um mais apertado enquadramento das acções, que vão emergir no futuro da dimensão mais vasta dos nossos projectos de cooperação e do maior número dos seus intervenientes. Mas se isto tem sido assim, manda a verdade que se diga que, para além do marcado consenso político impulsionador desta cooperação, foi o “ modelo orgânico” em que ela assentou que também em larga medida lhe abriu o sentido expedito de que se revestiu.
Cada um de nós, portugueses ou africanos lusófonos, é um agente activo nesta “malha” cada vez mais vasta da cooperação entre as nossas Administrações do Trabalho.
Por isso, cada vez há-de ser mais apropriado falarmos das seis Administrações do Trabalho e das suas realizações conjuntas. Não devemos recear este desafio, que é grande e estimulante. A união faz a força, e a individualidade insubstituível de cada parte faz a riqueza do todo.”
In 1º Encontro com os PALOP na área da Inspecção do Trabalho.
Aveiro 8 a 13 de Maio de 1989