segunda-feira, 8 de outubro de 2012

UM ANO DE MANDATO


“Dediquei o meu primeiro ano de mandato a “ tomar o pulso” à Provedoria, consolidando orientações anteriores, aperfeiçoando outras e colmatando algumas lacunas instrumentais. Procurei também imprimir outro ritmo à gestão dos processos e estabelecer parâmetros de actuação mais informais e com um sentido preferencial de mediação. Diria, em suma, que foi um ano mais voltado para o interior da instituição e menos preocupado com a sua visibilidade externa. Sinto que fiz o que era necessário fazer-se à partida. Seguramente, há ainda muito para fazer.
O balanço que faço do trabalho realizado, enquadra-se nos parâmetros de actuação que fixei: uma vez que é obrigação elementar do Provedor de Justiça dar resposta fundamentada ao cidadão que a ele recorre, e prestá-la com a celeridade possível, toda a queixa deve ficar concluída no prazo de um ano a contar da data em que foi recebida. E ao fim de seis meses de pendência, o cidadão deverá receber uma informação acerca da situação em que se encontra a sua queixa, seja qual for o ano em que a submeteu à Provedoria.
Acrescentaria a isto outro tipo de orientação: privilegiar a solução concreta das questões que nos são postas, por via dos contactos directos e de mediação, e reconduzir as Recomendações do Provedor a um nível de utilização mais ponderoso, quer dizer, não banalizar a sua emissão.
A coerência com esta posição explica que desde que tomou posse, em 2000, até Abril de 2002, tenha feito apenas 44 recomendações, número muito menor em comparação com os seus antecessores.
A recomendação só deve ser feita em último caso. Sou muito mais partidário de outras formas de abordagem como a mediação”.
Lisboa 19 de Junho de 2001