quarta-feira, 6 de julho de 2011

NOTAS POLÍTICAS (84)

O País tem o direito de esperar que o futuro da Concertação em Portugal seja, a partir de agora, completamente diferente, porque se criaram plataformas muito vastas para o desenvolvimento do diálogo social.

A confiança reciprocamente manifestada deve consolidar-se e ampliar-se na continuação das negociações. Quem quis ficar de fora, de fora terá de ficar nestas negociações subsequentes, porque um acordo é o somatório de cedências recíprocas, de ganhos e de perdas, de equilíbrios ponderados.

O futuro pertence aos que souberam ousar e consumar um compromisso significativo para a melhoria das condições de vida e de trabalho dos portugueses e para o desenvolvimento económico do País.

Nele não cabem os que permanecem agarrados à sombra de muros que não souberam fazer cair.

Saudemos, por isso, os que se aprestaram a fazer futuro e deixemos no “cemitério da história” os que aí quiserem ficar.

Lisboa, Assembleia da Republica, 25 de Outubro de 1990 (A propósito da assinatura do “Acordo Económico – Social” assinado entre o Governo, a U.G.T., a Confederação da Industria Portuguesa e a Confederação do Comercio)