Enganam-se aqueles que encaram a função consultiva como pouco relevante ou potenciadora de fracos resultados.
Pelo contrário, penso e defendo que a existência de órgãos consultivos, em que têm assento representantes dos mais diversos sectores da vida económica e social, é uma demonstração palpável de que a democracia representativa e pluralista se enriquece e aprofunda através da participação institucional dos agentes colectivos da sociedade civil.
A função consultiva implica, também, que o Governo, mais do que ouvir, escute; para além de consultar, pondere; ademais de estar, compartilhe. Se assim não fosse a função consultiva poderia esvair-se num ritual vazio e formalista e, seria então, transfiguradora da ética da participação