Quero,
com força,
arrancar
bem fundo
do meu peito
os sons,
os gritos,
as palavras,
que dizem:
É VERDADE!
Tu vês meu amor!
Abro a janela
pela manhã
e o sol, radioso, entra
nas nossas vidas!
Bate, agora,
nas almofadas
onde não dormiste.
Nos chinelos
que não calçaste.
No roupão
que não vestiste.
Não há som
nem movimento.
Olho em volta:
óculos,
livros,
jornais,
tudo sempre igual.
Só tu não estás,
onde te encontrava