quarta-feira, 29 de junho de 2011

CHORO DA MINHA SAUDADE



Quero,

com força,

arrancar

bem fundo

do meu peito

os sons,

os gritos,

as palavras,

que dizem:

É VERDADE!

Tu vês meu amor!

Abro a janela

pela manhã

e o sol, radioso, entra

nas nossas vidas!

Bate, agora,

nas almofadas

onde não dormiste.

Nos chinelos

que não calçaste.

No roupão

que não vestiste.

Não há som

nem movimento.

Olho em volta:

óculos,

livros,

jornais,

tudo sempre igual.

Só tu não estás,

onde te encontrava