O País carece, face aos graves problemas com que se defronta, de ver implementadas plataformas de entendimento entre os parceiros sociais. Numa sociedade democrática, é perfeitamente natural e absolutamente legítimo que as associações representativas dos trabalhadores e dos empresários discutam entre si, negoceiem e, quando necessário, conflituem. Mas numa sociedade civilizada também é de esperar a procura empenhada de formas eficazes e correctas de negociação, de conflituação e de regulação dos conflitos, sobretudo na base de códigos de conduta paritariamente convencionados.
É isto que traduz afinal uma manifestação palpável de progresso cívico e cultural e uma prova concreta de liberdade e de responsabilidade social.
Excerto do discurso feito pelo Ministro do Trabalho, na assembleia da Republica, durante o debate do programa do VII Governo, 21 de Janeiro de 1981