quinta-feira, 27 de setembro de 2012

HÁ TRÊS ANOS


ESSE OUTRO MÊS DE SETEMBRO

tudo o que tenho
não quero
tudo o que sou
não desejo
a alma que te anseia
e me consome
é  como nuvem negra
de outono
prenha de chuva
ameaça refrescar
mas só aquece
promete limpar
mas enegrece
dá à luz
grossas gotas de aluvião
que transformam a rua
em chão
de lodo e lama
que cobre a minha alma
como um manto 
de promessas esquecidas

neste outono de nuvens
 cinzentas
nuvens brancas
entardecidas
relembro 
esse outro 
mês de Setembro