quarta-feira, 12 de setembro de 2012

VINTE E NOVE MESES DE AUSÊNCIA




QUERO



Mergulhar no microcosmos da ignorância,
na doce paz da inconsciência.
Dormir para sempre, e sonhar
(diluída que foi a nossa identidade real),
que te aninhaste pequeno e confiante no meu colo vazio,
Quero lembrança,
quero saudade,
quero dor.

Não essa distância que corrói a minha alma.
Não vás,
permanece na harmonia dual do homem que és.
A morte é inexorável,
Não há regresso nem reencontro,
por isso te peço,
fica em mim,
no meu lar,
no meu pensamento,
na minha vida.
Deixa-me recordar-te como ser único e vive na minha lembrança,
Permanece em nossa casa,
numa existência perfeita de espírito e amor.
Quero-te em mim,
tu e eu numa fusão total,
permanente…
para sempre …
nesta desconhecida imensidão que é a vida e a morte.


10 de ABRIL 2010