terça-feira, 18 de setembro de 2012

OMBUDSMAN


Muito trabalho, pouco poder: é com estas palavras, que, o Correio da Manhã de 9 de Junho de 2000 se refere à Provedoria de Justiça, e continua: 

“ Defensor do povo, protector dos cidadãos e mediador da República, são algumas das expressões de uma instituição escandinava que remonta aos primórdios do século passado e cuja universalização colhe exemplo nos mais variados sistemas. Sejam democráticos, estados unitários ou federados, sejam monarquias ou repúblicas, sejam sistemas parlamentares ou presidenciais. 
Portugal preferiu chamar-lhe Provedor de Justiça e abriu-lhe as portas na Constituição em 1976. 
O provedor é independente no seu exercício e eleva a sua voz na incessante luta pela Justiça. O titular deste cargo é eleito pela Assembleia da República, por maioria de dois terços e tem o poder de recomendar comportamentos aos poderes públicos com vista à reparação de ilegalidades e injustiças. 
Possui ainda o controlo de toda a actividade administrativa sem excepções e tem legitimidade abstracta junto do contencioso constitucional. 
Neste contexto, pode efectuar, com ou sem aviso, visitas de inspecção a todo e qualquer sector da actividade da administração central, regional e local, designadamente serviços públicos e estabelecimentos prisionais, civis e militares, ou a quaisquer entidades sujeitas ao seu controlo. 
O seu campo de acção é vasto, mas o resultado do seu trabalho não é vinculativo. Não lhe compete anular, modificar ou revogar actos, intimar à prática de comportamentos. 
O provedor só pode sugerir e emitir recomendações, utilizando (…) “ a força da razão em vez da razão da força”.
Anteriores Titulares:

Apenas seis personalidades desempenharam até hoje o cargo de Provedor de Justiça, realidade que a Constituição acolheu em 1976. Os anteriores “defensores do povo” foram:
Costa Braz (1975/1976)
José Magalhães Godinho (1976/1981)
Pamplona Corte-Real (1981/1985)
Ângelo de Almeida Ribeiro (1985/1990)
Mário Raposo (1990/1991)
Menéres Pimentel (1992/2000)
Nascimento Rodrigues (2000…)

IN “ Correio da Manhã” 9 de Junho 2000