domingo, 2 de setembro de 2012

MEMÓRIAS



“Das imagens que tenho da infância, guardo a altura do meu Pai como marca fortíssima. Em criança, olhava para o meu Pai como um homem alto, muito alto, magro também, mas nunca o achei distante ou inacessível. Os livros e os papeis, debaixo do braço ou na pasta que trazia, segurados pelos dedos onde punha o cigarro, também estavam sempre lá. Debaixo do braço, na pasta, em cima da mesa da nossa sala de jantar, onde tantas vezes trabalhava, mas sempre com ele, os livros. Muito tinha o meu pai para ler e escrever…”


Sofia Nascimento Rodrigues