Não me digam como é
Porque eu sei tudo.
Da verdade e da mentira,
Da compaixão e da ira,
Do fiel e do traidor
E sobretudo
Do fingidor
Sou o que sou
Porque nasci diferente.
Um destino a cada um.
O meu foi viver na frente
Sofrer, amar loucamente,
Ser tudo menos comum.
Cansado de vós eu ando
Há muito por esse mundo.
Não sabeis o que é sonhar.
Perder tudo num segundo,
Assistir sem blasfemar
Ao fim de nós mais profundo.
In, “GÓLGOTA” do poeta L.N. Ferraz de Oliveira, Poemas Épicos, 1985
Porque eu sei tudo.
Da verdade e da mentira,
Da compaixão e da ira,
Do fiel e do traidor
E sobretudo
Do fingidor
Sou o que sou
Porque nasci diferente.
Um destino a cada um.
O meu foi viver na frente
Sofrer, amar loucamente,
Ser tudo menos comum.
Cansado de vós eu ando
Há muito por esse mundo.
Não sabeis o que é sonhar.
Perder tudo num segundo,
Assistir sem blasfemar
Ao fim de nós mais profundo.
In, “GÓLGOTA” do poeta L.N. Ferraz de Oliveira, Poemas Épicos, 1985