Aos que
“Entre gente remota edificaram
Novo Reino que tanto sublimaram”
“Entre gente remota edificaram
Novo Reino que tanto sublimaram”
Aos que por lá morreram
Na indiferença
E no esquecimento
Dos que nunca foram.
Aos que regressaram
Sem as mãos manchadas.
Aos que não traíram,
Aos que não pediram louvores,
Aos que lá deixaram
Pedaços de alma imaculada.
Aos que deram, sem preço, até ao fim.
Aos que tudo perderam
E nada receberam.
Aos que pela sua devoção
Sofreram inveja, injustiça,
Incompreensão.
Aos que lutam galhardamente
Porque acreditam eternamente.
Aos que sofrem por antever
Sem nada poderem fazer.
Amen.
Do Poeta /Médico L. N. Ferraz de Oliveira in “GÓLGOTA” – Poemas épicos 1985