bronzeou-se-lhe a pele à torreira do sol dos trópicos;
calejaram-se-lhe os dedos ao romper o solo duro – mas não vacilou um só instante o seu alto engenho de infatigável trabalhador e de português de têmpera.
Intrépido e valoroso, suou as asperezas de um ambiente hostil, alçou-se por cima da desilusão, sofrida de início, e não temeu em erguer bem alto, a par da Cruz e da Espada, um império colossal, jóia preciosa do nosso património, de que faz parte esta portuguesíssima terra de Angola.
Obra de semelhante natureza não se edifica sem sacrifício: leva dezenas de anos a florescer, custa o suor do próprio rosto e, muitas vezes, a vida que Deus nos deu. Mas é esta afinal, magnífica e portentosa, a obra do colono Português.
19.1.1957 Sá da Bandeira Liceu Nacional de Diogo Cão (O Ouvidor do Kimbo tinha 16 anos de idade)
Actualmente, Cidade do Lubango, Escola de Ensino de Base II Nível, Mandube
.