São meus estes rios
que buscam caminho
rastejando entre luar e silêncio,
sombra e madrugada,
até ao fim marítimo.
que buscam caminho
rastejando entre luar e silêncio,
sombra e madrugada,
até ao fim marítimo.
A minha alma está neles,
líquida e sonora
como a água entre o quissange das pedras,
o anoitecer nas fontes.
líquida e sonora
como a água entre o quissange das pedras,
o anoitecer nas fontes.
Tenho rios vermelhos e quentes
na minha dimensão física,
rios remotos, remotos como eu.
na minha dimensão física,
rios remotos, remotos como eu.
Manuel Lima, poeta angolano
Na fotografia, ( Luanda 2006), em casa do Joaquim Ferreira