quinta-feira, 6 de janeiro de 2011

Homenagem à diáspora Portuguesa (África no século XIX) parte 1

A epopeia, verdadeiramente assombrosa, de tenacidade e sacrifício, amor pátrio, e lealdade, é a obra do colono português, anónimo desbravador da brenha virgem, gente humilde e sem crónica definitiva, que, ao arroteamento das terras entregou de boa mente, parte da sua existência quase desconhecida e toda a sua nobre alma de aventureiro.
Ele foi, na maior parte das vezes, um pioneiro abnegado, emérito pelejador sem história, cujo nome é sempre votado à lei do esquecimento, o que, todavia, não foi razão para que o seu trabalho ingente deixasse de vingar e obter resultados irrefutáveis
Esse género de colonização lusitana, autêntico gigante que derrubou, machadada a machadada, o emaranhado da selva inóspita, não temeu a agrura de uma vida diferente da do seu torrão natal e, de peito aberto à mais sublime idealização, ousou desvendar um segredo milenário e de lenda, para erguer, com esforço titânico, um Portugal Ultramarino, lançando em bases sólidas pelas remotas partidas do globo.