A participação dos trabalhadores na vida das empresas é uma das expressões da sua intervenção no processo produtivo.
O trabalhador jamais poderá entender-se como mero agente de qualquer actividade produtiva.
A maior ou menor identificação e solidarização dos trabalhadores com a empresa de que devem ser elementos não desfavorecidos constituirá, por certo, a melhor garantia da prossecução dos objectivos sociais e económicos da organização produtiva do País.
Nesta perspectiva, a participação dos trabalhadores na vida, nos resultados e até na propriedade das empresas, não sendo uma resultante exclusiva de qualquer acção exógena, poderá contribuir para a realização dos objectivos de humanização do trabalho, de acréscimos de rendimentos e de produtividade e de melhor obtenção de resultados finais de uma conjugada combinação dos diversos factores de produção.
Não existem soluções uniformes para a consecução destes objectivos.
Teremos de procurar as que melhor se adaptem à nossa vivência social.
É todo um caminho que está por desbravar.
Lisboa 9 de Março 1981