Não me arrependerei nunca de continuar a defender e a propor os caminhos que conduzam à criação de condições para entendimentos (mínimos que sejam) entre forças que representam trabalhadores, empresários e poderes públicos.
Mesmo quando tal pareça irrealista, utópico e totalmente inviável face a um determinado contexto?
Eu responderia a isso que é exactamente em contextos dessa natureza que mais se justifica e exige não se perder a determinação de uma proposta, a que não creio possa recusar-se fundo democrático.
Foi e continua a ser a minha proposta de um diálogo social alargado.
Não é difícil defender aquilo que é fácil de realizar. O inverso é que é incómodo. Assumo essa incomodidade.
Porto 27/1/1982