terça-feira, 3 de maio de 2011

BLOQUEIOS Á PRODUTIVIDADE- (3)

É do conhecimento público que se vêm fazendo estudos e procurando soluções que obviem ou mitiguem práticas de absentismo injustificado ou mesmo fraudulento.

Trata-se de uma problemática de complexidade visível, sendo de notar que o fenómeno absentista tem a ver, igualmente com a motivação do trabalho e esta com as condições múltiplas em que ele é prestado.

A nível de empresa, experiências existem já das quais se conclui que a redução dos coeficientes do absentismo se pode obter mediante uma melhoria de condições ambientais e de carácter social, para além de estímulos à assiduidade e à produtividade, entre outros esquemas.

Julgo que estas experiências deveriam ser mais amplamente conhecidas, por forma a que fossem apuradas as razões por que nuns casos o absentismo é normal e, noutros, excessivo e em ordem a extrair-se linhas de conclusão susceptíveis de, com adaptações, serem implementadas a nível mais generalizado.

Penso que esta seria uma matéria que justificaria bem um debate público, debate esse que deveria centrar-se na questão mais vasta e decisiva da produtividade e do pleno aproveitamento de todos os nossos recursos, humanos, técnicos e naturais. Porque o absentismo é apenas um dos aspectos dessa questão mais vasta.

Se ele é agente de bloqueamentos à produtividade também é, simultaneamente, consequência de deficiências que existem noutras áreas.

Uma visão parcial do problema e uma solução parcelar deste não adiantariam muito no ataque que todos temos de empreender com vista à obtenção de níveis mais elevados de produtividade