quinta-feira, 15 de novembro de 2012

HOJE, COMO HÁ TRINTA ANOS - É NOSSA, A ESCOLHA


“É fácil acenar à opinião pública com a imagem do desencanto na difícil situação económica internacional e interna, mas não parece correcto fazê-lo sem medir as consequências que isso pode acarretar no plano da participação democrática dos cidadãos na vida partidária, na vida associativa, nos actos colectivos e nos próprios actos eleitorais. O futuro não se constituirá na base do conflito com os partidos democráticos na presunção de que estes falharam. Contribuir para isso, é contribuir para a inexistência de soluções de democratização e desenvolvimento do País”
H. Nascimento Rodrigues1982
 “ Está nas mãos de todos os cidadãos e não apenas do governo escolher entre o contributo do trabalho do empenhamento e da participação democrática que viabilizem um futuro melhor e a atitude de criticismo permanente e corrosivo, de apatia e desinteresse, da obstrução e do oportunismo que podem inviabilizar a recuperação do País.”
 H. Nascimento Rodrigues 1982
 “A situação política e económico – financeira do País reclama insistentemente que os diferentes órgãos de soberania se pautem por um relacionamento saudável, de não hostilização, de esforço de compreensão das necessidades dos portugueses e de tentativa de acerto colectivo. Os portugueses aspiram legitimamente a que os seus representantes máximos façam provas de sentido de Estado. Têm o direito de lhes exigir que contribuam para a consolidação de um clima e de uma prática políticas de civilidade democrática e de respeito institucional. Civilidade democrática e respeito institucional que são indispensáveis à recuperação das nossas dificuldades económicas e do nosso atraso social. Não é provocando-se uma instabilidade politica quase permanente que se forja o consenso tantas vezes proclamado e outras tantas na prática inviabilizado. Não é suscitando-se o afrontamento que se impulsiona o entendimento nas grandes questões de regime., não é perturbando-se a administração publica que se promove a eficácia e a estabilidade da acção governativa.”

Lisboa 14 de Junho de 1982
 “Temos que fazer sacrifícios, porque o futuro do País assim o exige. Mas se os sacrifícios apenas forem exigíveis a uns e não a todos, de acordo com uma repartição equitativa, então não se estará face a uma política de rigor e autenticidade democrática mas, sim, face a uma política de capitulação classista. Um social - democrata tem de lutar contra isso. Compreender realidades económicas inultrapassáveis, sim – abdicar, não.”