quarta-feira, 13 de abril de 2011

QUASE TUDO

Quase Tudo
Pai: faz hoje 1 ano que partiu. Partiu o seu rosto, o seu cheiro, a sua mão. Partiu a sua presença, tão essencial. Mas é inegável e surpreendente. Continua presente em cada dia, em cada encontro de família, em cada data importante para nós, até em cada interpelação dos tempos complexos e difíceis de compreender, que o país atravessa. O que diria o Pai? Como leria estes tempos? Como os entenderia, para lá do que conseguimos ver? Está presente, Pai, ensinando-nos que quase tudo pode terminar. Quase tudo pode, realmente consumir-se. Quase tudo pode desmoronar, com o passar do tempo. Quase Tudo, menos o Amor. O Amor persiste para além do tempo; persiste para além dos nossos sentidos; persiste para além da morte. Basta parar. Respirar fundo o ar da Primavera. Recordar tudo o que nos ensinou. Procurá-lo nos sinais. E perceber que isto que somos é fruto de si.




Sofia