
Não penso que a minha função seja de vos dizer qual o modelo da minha preferência, qual aquele que entendo como mais correcto.
Gostaria apenas de fazer uma prevenção que é a seguinte: não julgo que seja adequado raciocinar abstractamente nesta questão da autonomia sindical, isto é, não me parece correcto fazer opção por puros modelos teóricos.
Cada modelo não se repete da mesma forma em todos os países, com excepção, por ventura do Leninista, por ser um modelo mais de doutrina, do que de história ou de experiência.
Consequentemente, há todo um conjunto de factores nacionais que explicam e justificam a adopção desta ou daquela concepção de autonomia sindical. É por isso que devemos raciocinar em termos da situação concreta portuguesa, no próximo passado, no presente e no futuro, tanto quanto ele nos possa ser antevisível.