domingo, 22 de julho de 2012

RESPONSABILIDADE SOLIDÁRIA DO CES


“Vários projectos legislativos laborais são apreciados na Comissão Permanente de Concertação Social e nela têm lugar, anualmente, as negociações de concertação social. A situação económica recessiva que o País atravessa a partir de 1992- 1993 dificulta, à semelhança do ocorrido noutros países da União Europeia, a celebração de acordos de concertação social. Mas em Julho de 1993 é subscrito, no âmbito do Conselho, o “Pacto de Concertação Social no Sector  Portuário”, um momento marcante na vida desta instituição e um pacto inovatório da concertação social do nosso país. O Conselho não tinha então ainda um ano de vida mas conseguiu contribuir para este importante processo de concertação no sector portuário, abrindo a porta a entendimentos, à clarificação de posiçoes e ao amadurecimento de um clima que permitisse um final positivo. Para o meu pai “ o Conselho simbolizava e oferecia um espaço de isenção, de liberdade e também de responsabilidade solidária.” A assinatura deste acordo foi o primeiro exemplo, no nosso país, de meso-concertação institucionalizada.  Como presidente do CES mediou as negociações tripartidas que conduziram à assinatura deste pacto social sectorial. Mas este pacto social para o sector portuário não seria apenas inovatório pelo modo e pelo tempo em que fora celebrado. Também o era no seu conteúdo pois abarcava uma visão globalmente estruturante das questões de fundo que mais afectavam os nossos portos e encerrava princípios e directrizes que poderiam determinar uma autêntica “revolução pacífica no sector portuário.”
Sofia Nascimento Rodrigues.