domingo, 27 de março de 2011

Notas Políticas (63)

Os bons sindicalistas e os bons negociadores patronais não são os que, face às divergências que os opõem, cortam o diálogo e correm a pedir auxílio a instâncias que supõem dever resolver o que eles próprios deveriam esforçar-se por resolver. O recurso a essas instâncias só tem justificação, e só ganha legitimidade, depois de completamente esgotadas todas as tentativas sérias de acordo directo. É isto o que distingue a negociação livre e responsável da negociação tutelada. Ora, a negociação tutelada é uma manifestação de atraso cívico, cultural e socioeconómico. Todos deveríamos ambicionar a ultrapassagem dessa situação.